O lançamento de “O Agente Secreto”, nova produção brasileira com circulação planejada para mercados internacionais, reacende o debate sobre como o Brasil se apresenta ao mundo. O cinema, além de entretenimento, é um instrumento de projeção cultural e política. Dessa forma, cada filme que ultrapassa fronteiras carrega consigo uma narrativa sobre quem somos, como vivemos e o que produzimos.
Essa circulação internacional compõe parte do chamado soft power, definido pela capacidade de influenciar a percepção global por meio de cultura, comunicação e prestígio. Assim, quando bem utilizado, esse tipo de influência gera impacto direto em relações comerciais, diplomáticas e de atração de investimentos.
Soft power e mercado global: A cultura que abre caminhos
Primeiramente, a experiência recente de países como a Coreia do Sul mostra como a projeção cultural pode ser ferramenta estratégica para ampliar presença econômica internacional. Nesse sentido, o sucesso global de produções culturais sul-coreanas, do K-pop ao cinema, precedeu e impulsionou o crescimento das exportações de seus cosméticos, moda, tecnologia e gastronomia. Em síntese, primeiro veio o interesse cultural; depois, o consumo.
No caso de “Agente Secreto” e do cinema brasileiro como um todo, algo semelhante pode ocorrer. Ou seja, quando o Brasil constrói uma projeção cultural como país criativo, capaz de produzir narrativas sofisticadas e tecnicamente sólidas, isso contribui para melhorar a confiança e a receptividade a produtos, marcas e investimentos brasileiros.
A estrutura internacional por trás do cinema
Além disso, produções que chegam a mercados estrangeiros envolvem muito mais do que a obra filmada. Isso ocorre porque há uma cadeia econômica e operacional que dialoga diretamente com o Comércio Exterior:
- Coproduções entre empresas de diferentes países.
- Contratos e circulação financeira internacional (royalties, distribuição, licenciamento).
- Logística aduaneira para transporte de equipamentos e cenografia.
- Políticas públicas e incentivos culturais bilaterais.
Assim, o audiovisual é um setor que naturalmente opera em ambiente transnacional, utilizando mecanismos semelhantes aos de empresas que importam, exportam ou atuam em negociações cross-border.
Impactos econômicos da visibilidade cultural
Quando um filme brasileiro conquista espaço internacional, seus efeitos se expandem além da indústria cinematográfica. Atração de produtoras estrangeiras para filmar no Brasil, fortalecimento das cadeias criativas (música, moda, gastronomia, tecnologia), estímulo ao turismo internacional para locais apresentados nas telas e ampliação de oportunidades de trabalho para profissionais brasileiros no exterior são alguns exemplos do efeito da projeção cultural internacional.
Portanto, esses desdobramentos fortalecem a marca-país, um ativo estratégico que influencia negociações comerciais, abertura de mercado e atração de parcerias.
Oportunidade para empresas que atuam no comércio exterior
Para empresas brasileiras que buscam expandir internacionalmente, momentos de maior visibilidade cultural são estratégicos. Eles criam um ambiente favorável para negociações com parceiros estrangeiros, apresentação de produtos e serviços brasileiros e construção de narrativas de marca alinhadas a um Brasil contemporâneo e competitivo.
Dessa maneira, a projeção cultural abre portas pela emoção e o comércio exterior consolida essas portas em relações econômicas concretas.
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Tags: análise comercial, cinema, comércio exterior, estudo de mercado, exportação, importação, mercado global, soft power

