Projeção Internacional: A Nova Era do Cinema Brasileiro

A produção cinematográfica brasileira tem ganhado destaque no cenário internacional. Esse fato se deve à conquista de prêmios, ao protagonismo em festivais e ao reconhecimento dos críticos de cinema. Nesse sentido, a trajetória de projeção internacional do Brasil intensificou-se com o sucesso de “Ainda Estou Aqui”, no ano passado, e, mais recentemente, com a repercussão de “O Agente Secreto”.

AS PRIMEIRAS EXPORTAÇÕES: A CONSTRUÇÃO DO RECONHECIMENTO INTERNACIONAL

Nesse sentido, na história do audiovisual brasileiro, o cinema já havia sido projetado internacionalmente de maneira pontual em alguns momentos. Durante o movimento Cinema Novo, filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha, e “Vidas Secas” (1963), de Nelson Pereira, foram reconhecidos em festivais internacionais. 

Anos depois, obras como “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles, e “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles, reforçaram o potencial do Brasil como exportador de produção audiovisual de qualidade. Dessa forma, nas décadas seguintes, o cinema brasileiro diversificou suas narrativas e abordagens, ganhando ainda mais relevância internacional.

O BRASIL NOS FESTIVAIS: “AINDA ESTOU AQUI” E “O AGENTE SECRETO”

Contudo, são os anos de 2024 e 2025 que foram um marco para a história do cinema brasileiro, com o prestígio internacional dos filmes “Ainda Estou Aqui” (2024), de Walter Salles, e “O Agente Secreto” (2025), de Kleber Mendonça Filho.

Lançado no Festival de Veneza, “Ainda Estou Aqui” alcançou grande notoriedade em escala global ao abordar as memórias da ditadura sob uma ótica sensível e intimista. A produção, ovacionada por 10 minutos, ganhou na estreia o prêmio Leão de Ouro de Melhor Roteiro. Na sequência, venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional no Festival de Palm Springs. A protagonista, Fernanda Torres, tornou-se a primeira brasileira a conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama. Encerrando sua campanha, o longa-metragem recebeu o Oscar de Melhor Filme Internacional, feito inédito para o país nessa categoria.

Paralelamente, “O Agente Secreto” protagonizou um momento histórico no prestigiado Festival de Cannes deste ano. Kleber Mendonça Filho ganhou o prêmio de Melhor Diretor e o protagonista, Wagner Moura, o prêmio de Melhor Ator, sendo o primeiro brasileiro a conquistá-lo. Tratando também da ditadura militar, a obra articula elementos de suspense político e narrativa histórica e foi calorosamente recebida pelo público, tendo sido ovacionada por 13 minutos.

Sob essa perspectiva, ambas as produções demonstraram a capacidade do cinema brasileiro de abordar temas universais, como o autoritarismo, a memória histórica e os direitos humanos. Dessa forma, a maneira precisa como a produção nacional dialoga com elementos semelhantes às histórias de outras culturas foi responsável por gerar tamanha identificação e reconhecimento.

SOFT POWER, IMAGEM INTERNACIONAL E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO

O audiovisual nacional, portanto, consolida-se como um setor estratégico para o fortalecimento do soft power brasileiro. Sob esse viés, “Ainda Estou Aqui” e “O Agente Secreto” aplicaram métodos de inserção no mercado global. As obras contaram com coproduções europeias e apoio de distribuidoras internacionais, como a Sony Pictures Classics e plataformas de streamings globais. Já a participação em festivais de prestígio, como Cannes, Globo de Ouro e Oscar funcionaram como vitrines de projeção internacional.

De acordo com a Ancine, “Ainda Estou Aqui” atraiu mais de 5 milhões de espectadores e gerou R$104,7 milhões em receita. Dessa forma, a ampliação da diplomacia cultural brasileira proporciona novas oportunidades econômicas para o cenário audiovisual. Sendo assim, a repercussão midiática mundial ao promover a imagem favorável do país fomenta a atração de investimentos estrangeiros no setor criativo e cultural. 

O PAPEL DA ARGOS NA INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS

O cinema brasileiro utilizou de uma leitura estratégica de cenários e articulação internacional para alcançar reconhecimento global. Da mesma forma, empresas que desejam expandir sua atuação no exterior também necessitam de visão estratégica, planejamento e análise especializada.

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QUEM ESCREVEU:

Maria Fernanda Viana

Maria Fernanda Viana

Consultora de Gestão de pessoas

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