Já parou para pensar qual é o verdadeiro motor que impulsiona o mundo atualmente? A resposta está na energia. As nações dependem de um fornecimento seguro, constante e acessível para garantir seu desenvolvimento econômico e social — essa é a essência da segurança energética. Nesse cenário, o Brasil ocupa um papel estratégico: é um dos principais produtores mundiais de petróleo e está no centro da chamada transição energética. Este artigo analisa os principais desafios e oportunidades de investimento nesse setor tão relevante.
MAS AFINAL, O QUE É SEGURANÇA ENERGÉTICA?
A Agência Internacional de Energia (IEA) descreve a segurança energética como a garantia de serviços energéticos sempre disponíveis, em quantidade suficiente e a preços acessíveis. A ininterruptibilidade é o grande diferencial, permitindo um crescimento muito mais eficiente para qualquer sociedade.
Diversos setores de um país são fortemente influenciados por ela: a falta ou má distribuição de recursos energéticos pode paralisar a produção industrial, afetar os meios de transporte, reduzir a produtividade agrícola e, com o aumento das tarifas ou o racionamento, comprometer o bem-estar das famílias. Daí a necessidade de uma gestão cada vez mais eficaz e estratégica da segurança energética.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ENERGÉTICA PARA O CENÁRIO GLOBAL ATUAL?
Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial revelou que cerca de 675 milhões de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica. A desigualdade no acesso aos recursos energéticos é uma preocupação central e pauta importantes discussões na comunidade internacional.
Além disso, conflitos internacionais como a guerra entre Rússia e Ucrânia afetam fortemente a segurança energética global, colocando em risco o fornecimento de gás natural para diversos países. Outra questão essencial são os efeitos das mudanças climáticas, como o aquecimento global. Por isso, é fundamental diversificar as fontes de energia e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. O investimento em uma transição energética para fontes renováveis é hoje mais que necessário — é urgente.
O PAPEL ESTRATÉGICO DO BRASIL E SEUS DESAFIOS
O Brasil é considerado um dos maiores produtores de petróleo do mundo, mas também se destaca, segundo a IEA, como um dos protagonistas no uso de energias renováveis. A diversidade da matriz energética brasileira se expressa nos seguintes números:
- Hidrelétricas: responsáveis por cerca de 55% da geração elétrica nacional.
- Energia eólica: com capacidade instalada de 21 GW em 2021, colocando o Brasilna 7ª posição mundial.
- Energia solar: atingiu 15 GW de capacidade instalada em 2022.
- Termelétricas: representam cerca de 24,5% da matriz elétrica, sendo fundamentais em períodos de seca.
Apesar desse potencial, o país enfrenta desafios importantes. Segundo dados da Petrobras (2020), as hidrelétricas supriram 66% da demanda energética brasileira, mas a irregularidade das chuvas, provocada pelas mudanças climáticas, impacta diretamente essa fonte, exigindo novos investimentos e soluções tecnológicas.
PARCERIAS ESTRATÉGICAS E OPORTUNIDADES
O potencial energético brasileiro tem atraído investimentos estratégicos de diversas nações.
A China, por exemplo, é um dos principais parceiros nesse processo. Conforme o portal Diálogo Chino (2019), empresas chinesas já dominam quase um quinto da capacidade solar e eólica do Brasil. De acordo com o China Global Investment Tracker, entre 2010 e 2020, 74% dos investimentos chineses no Brasil foram direcionados ao setor de energia, somando impressionantes US$ 42,3 bilhões.
Além da China, o país tropical mantém parcerias relevantes com países europeus, como Alemanha e Noruega, que investem fortemente em projetos de energia renovável, com destaque para hidrogênio verde, energia eólica offshore e biocombustíveis. Um exemplo é o acordo entre a Eletrobras e empresas norueguesas para desenvolver tecnologias de energia eólica marítima.
No âmbito regional, o Brasil atua no Mercado Comum do Sul (Mercosul), promovendo a integração energética com países vizinhos como Argentina, Paraguai e Uruguai, especialmente por meio da comercialização de energia elétrica gerada por hidrelétricas compartilhadas, como a de Itaipu Binacional.
Essas parcerias mostram o reconhecimento internacional do potencial energético brasileiro, sobretudo no desenvolvimento de fontes renováveis. Além disso, abrem portas para novas oportunidades de cooperação tecnológica, atração de investimentos e fortalecimento do Brasil como um ator central na segurança e na transição energética global.
CONCLUSÃO
Diante desse cenário, o Brasil ocupa uma posição cada vez mais estratégica na segurança energética mundial — não apenas pela sua capacidade produtiva, mas também pelo compromisso crescente com a diversificação da matriz e a transição para fontes mais limpas e sustentáveis. As parcerias internacionais, especialmente com a China e países europeus, reforçam o papel do Brasil como um polo atrativo para investimentos no setor.
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