O mercado internacional em ano de Copa do Mundo: Catar 2022

Expotação de cachaça

Para entender como funciona o mercado internacional na copa do mundo, primeiramente devemos evidenciar que o Futebol pode ser entendido, na sua forma mais simples, como um esporte no qual existem 11 jogadores para cada lado e ganha aquele time que conseguir fazer a bola passar da tão temida e querida linha do gol mais vezes. O futebol pode ser entendido, também, como: “o único jogo realmente global, praticado em todos os países, por todas as raças e religiões, é um dos poucos fenômenos tão universais quanto as Nações Unidas. Podemos dizer que é ainda mais universal. A FIFA tem 207 membros. Nós temos 191.” Como bem ressaltou Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, em 2006. E se o esporte Futebol carrega consigo todo esse destaque e visibilidade, o que pode-se dizer do seu campeonato internacional – a Copa do Mundo

Faltando um pouco mais de 2 meses para a consagração do evento, a Copa do Mundo de 2022 já pode ser considerada o torneio de futebol mais caro de toda história, movimentando cerca de  220 bilhões de dólares (15x mais do que no Brasil em 2014). De acordo com uma pesquisa da Globo, 9 em cada 10 brasileiros afirmaram que pretendem acompanhar a Copa do Mundo do Catar. São por esses motivos que não podemos deixar de falar dela, tão pouco das questões econômicas que se relacionam diretamente com o fenômeno.

A SEDE DA COPA DO MUNDO DE 2022

O Catar, sendo o primeiro país do Oriente Médio a sediar uma competição do tipo, aproveitou a oportunidade para transformar radicalmente a sua imagem. Além dos estádios, houve grandes investimentos nos sistemas públicos de transporte, nas estradas, em hotéis e aeroportos a fim de alavancar, principalmente, o turismo na região. Toda essa movimentação gera, desde o momento que o local sede é anunciado, oportunidades de negócio em diversos setores da economia. A começar pelo de infraestrutura, as empresas de construção civil são as primeiras beneficiadas pela Copa, seguidas pelo setor turístico, que inclui desde empresas de aviação e de hotelaria, até o supermercado da região que terá que suprir uma maior demanda de compra. 

Devido ao clima do Catar, esse ano a Copa contará com uma novidade: pela primeira vez na história a competição terá seu início em novembro e não no meio do ano, como ocorreu nas 21 edições anteriores. Mesmo com essa mudança, a maioria dos estádios contará com sistemas de climatização, ares condicionados dentro de campo e nas arquibancadas. Esse setor industrial tecnológico também foi extremamente procurado durante os anos de reforma do país antecedentes à Copa.

A PREPARAÇÃO BRASILEIRA PARA OS JOGOS

Todo brasileiro conhece o ritual de um bom jogo de futebol: churrasco, cerveja gelada e camisa do Brasil. Não à toa, um levantamento feito pela Toluna no início do ano apontou que 47% das pessoas entrevistadas desejam comprar camisas e roupas da seleção brasileira; 60% comentou que têm intenção em comprar cervejas e a mesma porcentagem disse que iriam ao mercado comprar carnes para churrasco. As porcentagens são mais baixas do que na última Copa, o que se deve principalmente pela crise e pela alta na inflação. 

Todavia,  o diretor executivo para o mercado esportivo da EY Brasil, Pedro Daniel, afirma: “Partindo de um ponto de vista otimista, a expectativa é de que o maior controle inflacionário ao longo do ano permita que a demanda reprimida volte a consumir. Assim, pessoas que não têm gastado por conta da inflação poderiam gastar mais no momento da Copa”. Tal declaração pode ser interpretada como um alerta para eventuais oportunidades aos comerciantes – no fim do ano, a população tende a gastar mais. Além disso, como a Copa acontecerá em dezembro, o impacto econômico será atípico. Os últimos meses do ano são considerados o período de maior procura e menor oferta. A produção desacelera devido aos feriados, às férias e aos recessos – o que, esse ano, ainda contará com os dias de jogo do Brasil – enquanto o comércio aquece pelos mesmos motivos, principalmente o setor de turismo e de bens de consumo.

Além dos produtos supracitados, os álbuns de figurinha e os televisores também são produtos que ganham destaque em anos de competição e valem a pena serem ressaltados. 

DURANTE OS JOGOS - O QUE ESTÁ POR VIR

Um estudo realizado pelo Banco Central Europeu (BCE) comprovou que o comportamento das ações na bolsa de valores é diretamente impactado pela Copa do Mundo. Isso vem a acontecer, pois as pessoas estão mais ocupadas vendo a competição do que com as notícias e com as atualizações do mercado financeiro. Somado a isso, os resultados dos jogos também influenciam o desempenho do mercado no respectivo país – a vitória aquece as ações, enquanto a derrota leva a queda nas bolsas. 

Dessa maneira, mesmo para aquele que não é muito fã do esporte Futebol, a vitória da seleção é importante, pois a questão atinge patamares para muito além das 4 linhas de campo.

RELAÇÃO COMERCIAL BRASIL - QATAR

Faz-se necessário ressaltar, uma vez que o Catar será a sede da competição, a relação comercial do país, principalmente com a economia brasileira. O Qatar vem crescendo rapidamente ao longo dos últimos anos graças às exportações de petróleo e gás natural, que representam mais de 50% do PIB do país. Em relação ao Brasil, a balança comercial apontou um déficit de 505 milhões de dólares em 2021. Ou seja, os brasileiros importaram muito mais do Qatar do que exportaram. Os principais produtos exportados para a sede da Copa, por sua vez, fazem parte do setor Agropecuário e de Transformação. Em números, de acordo com o ComexStat: Carnes de aves representam 47% do volume total; motores e máquinas não elétricos, 12%; tubos e perfis ocos, 11%. 

Além destes, um setor que está em alta e acredita que a Copa do Mundo pode beneficiar o seu faturamento é o de Calçados. As indústrias de sapato do interior de São Paulo (Zona Franca) já consideram o Qatar como um destino sólido para os seus produtos. O modelo preferido pelos catarianos é o mocassim, devido principalmente a influência religiosa e ao conforto. O presidente da Sindifranca José Brigagão alega: “A copa do mundo vai trazer uma grande oportunidade para o Brasil estar abrindo mais esse mercado. Lá é um país rico, de grande poder aquisitivo […] então é uma grande oportunidade que nós temos”.

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Quem escreveu:

Maria Julia Macedo

Diretora de Marketing

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